Na cultura européia, as artes da memorização e a lógica combinatória têm origens diferentes. Em 1500, porém, estas duas tradições acabam se entrelaçando. De tal conjunção nasce uma tessitura complexa de temas, ou uma espécie de nova tradição que chega até Leibniz, sendo operante ainda na Enciclopédie dos iluministas. No âmbito do projeto grandioso de um 'alfabeto do mundo' ou de uma 'clavis universalis' situam-se as referências à Cabala, os programas das enciclopédias, as aspirações para a pansofia, as construções de línguas artificiais, as promessas de poderes milagrosos e a utilização das 'tópicas' entre os métodos da 'nova ciência'. Com tal tradição deparam-se não só Agrippa, Giordano Bruno e Pedro Ramo, mas também Bacon, Comênio, Descartes e Leibniz. A essa mesma tradição referem-se também aqueles estudiosos que classificaram um número espantosamente grande e cada vez maior de plantas e animais.