Diante de um quadro em que a invenção freudiana tem ficado reduzida a esparsas e tímidas queima de fogos de artifício, em que (e na utilização de uma metáfora bélica) a Psicanálise parece já não mais contar com atiradores de elite, mas sim, com alguns recrutas em atabalhoada retirada, ou ainda (numa metáfora, agora, futebolística) que a posição vigente de muitos que se dizem psicanalistas, restringe-se tão somente, ao jogar para uma pequena torcida, há que se revitalizar a discussão; há que se propor à interlocução; há que se escrever sobre, e colocar em circulação, a experiência; há que se 'oxigenar' a Teoria. Um exemplo disso nos é oferecido nesse livro. Ele nos dá a oportunidade de compartilhar algumas articulações em torno da grande diferença que existe entre a prática ética denominada Psicanálise e aquelas que se autodenominam como Ciência e Profissão, ou seja, a Psiquiatria e a Psicologia.