Greg Palast, o jornalista investigativo mais importante do nosso tempo, segundo a Tribune Magazine, vira pelo avesso as tramóias e conspirações que levam ao saque globalizado - com ênfase nas privatizações das estatais brasileiras, em A melhor democracia que o dinheiro pode comprar Um repórter investigativo expõe a verdade sobre a globalização, corporações e fraudadores das grandes finanças. E esclarece como Bush destruiu a investigação do FBI sobre o financiamento das organizações terroristas da Arábia Saudita; como a família Bush roubou a eleição na Flórida; e como a Enron trapaceou, mentiu e forçou seu caminho rumo ao monopólio da energia. Um livro sobre os abusos que amedrontam parte importante da imprensa e o poder que se alimenta desse silêncio. Escrito com o rigor do observador impiedoso e a força dos grandes narradores. A edição brasileira da obra traz também um capítulo especial sobre o país, onde FHC é acusado de entrega-lo em troca da reeleição de 1998: recebeu um empréstimo para segurar a inflação e manter erguida sua bandeira de estabilização monetária, que desandou alguns meses depois de garantir seu mandato por mais quatro anos. O conluio internacional foi coordenado pelo secretário do Tesouro norte-americano, Robert Rubin, um dos seis candidatos cotados a ocupar a vice-presidência dos Estados Unidos, na chapa do favorito John Kerry. Palast afirma também que a aprovação da emenda constitucional que tornou legal a reeleição, deu-se à custa da compra dos votos dos congressistas. Palast abre o capítulo especial incluído na edição brasileira de A melhor democracia dizendo que o sonho de Robert Rubin quando menino era ser presidente do Brasil, o que se realizou em 1999. Rubin assumiu o controle por intermédio de um golpe: forjou a estabilização da moeda brasileira, que na verdade estava supervalorizada. Quinze dias depois da reeleição, o real despencou. E seis meses depois, tinha metade do seu valor no dia da posse. Foi Rubin quem o manteve em um patamar alto. Sabendo que a moeda seria destroçada logo depois da eleição, descreve Palast, o Tesouro dos Estados Unidos garantiu que os bancos americanos conseguissem tirar seu dinheiro do país em condições favoráveis. Entre julho de 1998 e a posse em janeiro do ano seguinte, as reservas em dólar do Brasil caíram de US$ 70 bilhões para US$ 26 bilhões, um sinal de que os banqueiros pegaram seu dinheiro e fugiram. Mas a moeda permaneceu em alta antes da eleição porque os Estados Unidos deixaram as reservas perdidas por um pacote de empréstimos do FMI. As denúncias apuradas e divulgadas por Palast, estão subsidiadas por provas, documentos e fitas com conversas gravadas, cuidadosamente guardadas por ele.