Quanto? Uma palavra para indicar quantidade, intensidade, valor. Neste livro, porém, as medidas não medem, as instruções não prescrevem ensinamentos finais. As observações parecem mais apontamentos de um caderno de viajante, tornando visível o percurso. O trajeto até oferece aprendizados a compartilhar, mas não são os lugares de destino que importam. Importa mais contornar a experiência. Talvez quando a realidade chega chegando, impactando com intensidade quantas festas!, haja um movimento vital do corpo para nomear, transfigurar-se, expandir-se como palavra, imagem: este livro de poesia, encharcado de sensorialidade. Há tantas instruções, regras do jogo, listagens dentro dos poemas. Se as enumerações e ordenações não servem para hierarquizar, como elas funcionam? Talvez seja para colocar à vista, como em um altar o altar do que vibra, do que canta. A lista, essa artimanha primeira de organizar a informação, reinventa o redemoinho; faz uma arrumação (...)