Esta obra analisa questões sensíveis da história recente do comunismo no Brasil, como a dissidência e a noção de Traição, na e a partir da trajetória de Manoel Jover Teles, o “Manolo”. O livro articula com maestria o pessoal e o contextual, o individual e o social, indicando as margens de liberdade de Jover nos campos de possibilidades em que viveu. Além disso, acessa uma quantidade impressionante de documentos, os quais permitem a elaboração de interpretações sólidas e bem fundamentadas. Como se não bastasse, constrói uma narrativa fluente, sem deixar de ser complexa, capaz de nos transmitir o drama da existência de seu personagem principal. Por todas essas qualidades, e por outras que o leitor certamente descobrirá, recomendo fortemente a leitura desse belo estudo histórico.