"Das minhas quatorze mil páginas de Diário, que se salvem quinhentas, é muito, é talvez demais." Assim Amiel descreve sua própria obra em 1876, sem saber que tal empreitada traria o enorme renome que, dois ou três anos depois de sua morte, lhe seria atribuído a partir das primeiras edições publicadas na forma de dois pequenos volumes. "Tudo o que Amiel publicou e a que deu acabamento final - palestras, ensaios, poemas - está morto; mas seu Diário, onde, sem pensar na forma, falava apenas a si mesmo, está cheio de vida, sabedoria, instrução, consolo, e continuará entre os melhores livros que já nos foram legados, acidentalmente, por homens como Marco Aurélio, Pascal e Epicteto." Liev Tolstói, Introdução à edição russa do Diário de Amiel "O diário de Amiel doeu-me sempre por minha causa. Quando cheguei àquele ponto em que ele diz que sobre ele desceu o fruto do espírito como sendo 'a consciência da consciência', senti uma referência direta à minha alma."