A obra traz uma grande contribuição para a compreensão da experiência psicopatológica, ou seja, da vivência da pessoa na profundidade de seu sofrimento psíquico, sua inteligibilidade e possibilidades de intervenção, tendo como fundamento a teoria e metodologia existencialista dialética de Jean-Paul Sartre. O percurso das elaborações teórico-metodológicas parte da diferenciação, na obra do filósofo francês, entre as noções da consciência e seu vazio de ser, sustentada no voltar-se para o objeto, em sua intencionalidade e o ego, enquanto produto da dialética subjetividade-objetividade, que se faz objeto no mundo, transcendente à consciência. Desemboca, com isso, na discussão da temporalidade, tão central no entendimento do sentido de ser para o humano, focado na questão da dinâmica temporal, na qual o futuro é o instituinte de nossa historicidade, definindo-nos enquanto liberdade e devir. Desce, então, ao método proposto pela Psicanálise Existencial, para esclarecer a forma de [...]