Contar a história da Copa do Mundo de 1950 passa obrigatoriamente pela lembrança de dois nomes próprios, Alcides Ghiggia e Moacir Barbosa, e de um epíteto, Maracanazo, palavra que incorpora o jogo e a alma daquele Brasil x Uruguai de 16 de julho, no Maracanã. Quando se propôs a escrever Brasil 50, um livro sobre o primeiro Mundial disputado em solo brasileiro, Toni Padilla quis fugir do óbvio. E justamente por não se ater aos clichês repetidos nas últimas sete décadas, alcançou seu objetivo. Jornalista e historiador, o autor espanhol realiza neste livro uma arqueologia da memória, resgatando vários personagens esquecidos daquela Copa, cujas histórias terminaram ofuscadas pelos heróis e vilões de sempre ou simplesmente apagadas pelo tempo. Ao longo de 40 perfis, em uma lista que conta com jogadores, técnicos, dirigentes e políticos, Padilla faz em Brasil 50 o registro detalhado não só de um evento específico, mas também de uma época.