O livro põe uma questão filosófica sobre a filosofia que não pode ser respondida de modo definitivo, justamente porque pertence à essência de uma questão filosófica o fato de não poder oferecer uma resposta que se alcançaria como verdade acabada, tal como se colhe uma maçã, segundo o exemplo de Parmênides. Por isso o ato de filosofar comporta também uma estrutura de esperança que remete o filósofo a uma busca permanente: filo-sofia é amor à sabedoria. Por isso, desde os tempos de Platão, o filósofo é comparado a Eros, a divindade grega que está sempre a meio caminho entre a carência e a saciedade.