A exposição Fundição Artística no Brasil teve o intuito de resgatar a importância da preservação do patrimônio cultural do nosso país, com foco na tecnologia de fundição artística, restauro de obras de arte e na educação de jovens profissionais. Apresentou uma cronologia do processo tecnológico da fundição artística conhecido como cera perdida, que chegou ao Brasil no século XVIII e passou as últimas décadas praticamente esquecido. Compuseram a exposição obras cedidas por importantes acervos culturais do Brasil, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, além de trabalhos desenvolvidos por professores, alunos e técnicos da Escola SENAI Nadir Dias de Figueiredo, em Osasco (SP).A mostra, que tem parceria do SENAI-SP, tem como objetivo destacar a importância da preservação do patrimônio cultural brasileiro com enfoque na tecnologia da fundição artística e na capacitação de jovens profissionais. A exposição apresenta 20 obras museológicas de importantes acervos, dentre eles peças da Pinacoteca do Estado de São Paulo e trabalhos que ilustram o processo de fundição, desenvolvidos por professores, alunos e técnicos da Escola SENAI Nadir Dias de Figueiredo, de Osasco, que mantém o Centro Técnico em Fundição Artística, núcleo de referência nesse setor. O processo de fundição artística pelo método de cera perdida, uma das técnicas ensinadas no Centro Técnico do SENAI de Osasco, é utilizado para a formação de jovens profissionais interessados em atuar no ramo da metalurgia artística. As principais especificidades e os desdobramentos desse processo são apresentados na exposição, bem como o lastro cultural a ele associado. Entre os destaques, obras de Rodolfo Bernardelli, "escultor oficial" do Brasil durante o período Republicano e obras de Amadeu Zani, autor de vários monumentos públicos em São Paulo e no Rio de Janeiro, professor do Liceu de São Paulo e responsável pela vinda ao Brasil de artistas fundidores que ajudaram a formar jovens artesãos. Outro ponto forte da exposição é o "Busto D. Pedro II", de 1839, de autoria de Zépherin Ferrez, pertencente ao acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. A obra que retrata o Imperador foi recentemente fundida em bronze pelo SENAI-SP, a partir do original em gesso pertencente à Pinacoteca, onde foram aplicados recursos tecnológicos digitais, tais como prototipagens e simulações para auxílio nos processos metalúrgicos. Ainda estarão expostas maquetes de monumentos de Victor Brecheret, Galileo Emendabili, Julio Guerra e Leopoldo e Silva, autores de grandes obras em espaços públicos da cidade de São Paulo.