Expulsos da França, depois de dois anos de exílio em Paris, Zélia Gattai e Jorge Amado são obrigados a se mudar para a Tchecoslováquia. Jardim de inverno narra os anos de desassossego e aflição, mas também de descobertas intensas, vividos peGrandes paixões se fazem, também, de experiências dolorosas. "Jardim de Inverno", livro que Zélia Gattai publicou em 1988, reúne parte dos momentos que ela e Jorge Amado viveram nos anos de exílio europeu, entre 1949 e 1952. Refugiados na Tchecoslováquia, no Castelo dos Escritores, em Dobris, os dois viveram, apesar da angústia e da saudade, momentos inesquecíveis, como a viagem no célebre Transiberiano que os levou à China, na época um país indevassável, e a visita à Mongólia, terra "encravada nos confins do mundo". São essas experiências que ajudam Zélia a reafirmar uma visão complexa da existência, em que as dores e as alegrias são o verso e o reverso de uma mesma aventura. Entre outros acontecimentos, a autora avança até o ano de 1984 quando, em Paris, Jorge foi condecorado com a Legião de Honra.