A vida, em seus infinitos detalhes e possibilidades, também pode ser literatura, e Antonio Bivar o soube desde cedo, como um observador da natureza humana. Mais tarde, enquanto vivia de perto a gênese da contracultura, percebeu que toda vida, por si só, é o suficiente para produzir um ou mais livros; contudo, mais do que isso, são as palavras escolhidas e escritas que podem traduzir a beleza e dar forma a uma vibrante saga pessoal. Em ordem cronológica, Aos quatro ventos é o quarto volume de sua saga romanceada e muito bem contada, abrangendo agora o período de 1973 a 1982. Uma década de importantes transformações culturais, comportamentais e políticas. (...) É importante dizer que quem não leu os outros volumes da saga não se sentirá perdido se começar por este. A ordem não altera o conjunto. Todos têm começo, meio e fim. Os anos de leitura e escolas literárias aprimoraram um estilo original, rico em humor, irreverência e sentimentos profundos.