Na desconcertante naturalidade com que questiona ideias feitas, Chesterton analisa os aparentes contrastes da mensagem cristã para mostrar que o contrassenso está nas paixões contraditórias da alma humana. A cada uma delas, depurando-as e clarificando-as, a fé oferece o lugar certo, integrando-as todas numa síntese que não é cor de rosa, um duvidoso meio-termo, mas a violência das virtudes opostas chamadas a conciliar-se na paisagem do destino eterno do homem. A Igreja surge assim como a domadora de tigres, como a condutora do leão e do cordeiro, que convivem sem se reduzirem um ao outro.