O nome próprio é aquilo mais singular que todos temos e o que menos diz de nós. O nome pelo qual nos reconhecemos e assinamos como sendo aquilo que somos, o nome pelo qual somos chamados e reconhecidos pelo semelhante não diz quem somos. Mas, ainda assim, ele é insubstituível. Se diz tão pouco, porque há aqueles que precisam duplicar seus nomes? Prostitutas, policiais, militares em situação de guerra, celebridades são alguns exemplos de profissionais que duplicam seus nomes para trabalhar. O que isso diz desses trabalhos? Qual a relação que fazem no espaço público? Este livro parte de uma experiência de oficina de escrita com um grupo de profissionais do sexo na cidade de Porto Alegre e busca analisar, por meio da psicanálise, a função do nome próprio, a especificidade da sua duplicação e a relação com o espaço público.