Esta obra mostra como a Fundação Renova (FR), criada e controlada pelas mineradoras, funcionou como agente de desmobilização e desgovernança, excluindo os atingidos de uma representação efetiva e reduzindo drasticamente as reparações. Uma das estratégias da FR foi dividir para reinar, tratando as reparações financeiras de forma individualizada e, assim, isolando os atingidos, desagregando sua organização, consciência e autoestima. Por mais absurdo que pareça, a própria FR foi designada para monitorar seu desempenho. O lobo tomando conta do galinheiro. Os absurdos se somam e se multiplicam: o Conselho Curador da FR, que deveria incluir dois representantes dos atingidos, não os incluiu até hoje! Menos de 20% das ações de reparação foram efetivadas. Em contraste, a FR se dedicou a apagar as responsabilidades das empresas e de invisibilizar as principais demandas dos atingidos. [...]