Nesta obra, José Severino da Silva nos conduz para uma busca das identidades diaspóricas dos nordestinos por meio da análise da poesia popular de Mestre Azulão, que representa, nos seus cordéis, o mundo em que vive e a si mesmo, resultando nas reflexões acerca das trajetórias dos migrantes inseridos no ambiente cultural urbano, mas que preservam as tradições locais e regionais a partir de suas vivências em espaços como a feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, e a feira de Duque de Caxias. Nesta feira, José Severino encontra Francisco Barboza Leite, outro poeta que, a partir de suas produções, nos traz o cotidiano de homens e mulheres expulsos de sua terra devido às secas e que seguem em busca de melhores condições de vida. Ambos os cordelistas, conhecedores da importância do cordel para a identidade dos nordestinos, criaram vários folhetos que reconstroem as trajetórias vividas por estes sujeitos de uma nova história nos lócus que escolheram para viver.