O deslocamento da atividade simbólica para o indivíduo isolado implica o apagamento do sujeito clássico e modificações essenciais no imaginário social. Esta é uma das principais características da condição humana nesta modernidade tardia ou pós-modernidade, como preferem alguns sociólogos. Os simulacros, as imagens produzidas pela sociedade industrial, criam um universo próprio, com novas formas de relacionamento social centradas no contato à distância e no olhar.A máquina de Narciso, de Muniz Sodré, discute essa nova ordem - tecnonarcísica - das imagens, da televisão como forma cultural. Este texto mostra como o tecnonarcisismo, apoiado no sistema dos meios de comunicação, cumpre funções importantes para a economia capitalista contemporânea.