Fruto de um estágio de pós-doutoramento que tive o gosto de orientar, este livro apresenta uma reflexão que começa por interrogar a idéia de emancipação social e a tensão entre ela e a regulação, buscando compreender de que forma processos e modos de regulação democráticos podem contribuir para a emancipação social. O estudo epistemológico sobre o cotidiano e o desenvolvimento de aspectos metodológicos sobre a pesquisa realizada nesse espaço-tempo fundamentam o trabalho sobre os currículos praticados, que, com riqueza analítica invulgar, discute a escola, os professores e a sala de aula. Terminando por uma síntese do debate, a autora recompõe as diversas dimensões políticas e epistemológicas trabalhadas nos primeiros capítulos em função do objetivo principal do livro: pensar o possível papel da escola e das pesquisas que nela se realizam para a emancipação social e para a construção da sociedade democrática, como utopia do possível.