Nós, brancos, fomos ensinados ao longo dos séculos a sermos o centro, o padrão, o normal. Este entendimento desloca automaticamente o negro para o lado diametralmente oposto: o racializado, o diferente, o inferior. Eu, mulher branca, cresci me entendendo uma pessoa boa e livre de preconceitos e comportamentos racistas, até que fui definitivamente acordada para minha própria pele com a chegada do meu filho pela adoção, um menino negro. O processo de letramento racial que decidi trilhar desde que me dei conta do que significava ser branca teve um início, mas certamente nunca terá um fim. E foi pensando em mais pessoas brancas que buscam compreender o papel que desempenham num mundo dividido pela cor da pele que decidi trazer para o papel parte do que vivi e tenho experienciado, com referências a leituras, vídeos e podcasts. [...]