A obra trata de dois importantes autores da Filosofia Política contemporânea - Karl Marx e Jürgen Habermas - para mostrar como a noção de emancipação deixou de estar atrelada à sociedade do trabalho e ao socialismo para ser vinculada a lutas por direitos nos marcos das democracias atuais. Se o conceito de revolução é fortemente empregado pelo movimento operário no século XIX, os movimentos sociais posteriores à década de 1960 deixam de ser definidos pelo conceito de classe social e evidenciam uma pluralidade de formas de vida e de lutas políticas. O uso público da razão, a deliberação na esfera pública e a conquista de direitos de cidadania passam a ser elementos centrais para a compreensão de emancipação. Para o autor, não há uma escolha histórica pela reforma em detrimento da revolução - é a própria oposição entre reforma e revolução que perde seu sentido nos debates políticos das democracias contemporâneas.