Esses textos, que incialmente parecem simples, são de uma grandeza imensa. Falam de uma coletividade cuja infância vem sendo roubada. De pequenos jovens obrigados a decidir como homens, sem terem os valores que alicerçam suas escolhas. Falam de vidas truncadas, estatutos rasgados e futuros esfarelados como a poeira do chão que eles pisam. O autor consegue nos levar ao clima da Fundação Casa, que de Casa não tem nada, de forma quente e espessa como sangue, que parece escorrer das mãos que escrevem. A linguagem neste livro é seca, dura como a pedra e a dor, que crava fundo em quem o lê.