Este livro apresenta o tempo todo nas entrelinhas e explicitamente em algumas linhas, a busca por brechas do (im)possível como possibilidades de contribuir para transformações da realidade humana, psicológica e educacional brasileira. Considera as contradições e desordens da vida como desafios, ao pautar-se no pensamento complexo de Edgar Morin. Utiliza-o como meio para compreender a atuação de psicólogos escolares em suas trajetórias de vida, juntamente com as trajetórias da ciência psicológica e psicologia escolar e educacional no Brasil, cuja leitura se fundamenta em referenciais e princípios críticos da psicologia escolar e educacional da contemporaneidade. Apodera-se de fundamentos que ressignifiquem conceitos de humanidade, educação e sujeito, com foco nas possibilidades de autonomia e emancipação de psicólogos escolares que atuam com e para sujeitos e que, por sua vez, além de psicólogos também são sujeitos sofrem assujeitamentos de diversos contextos institucionais, sociais e políticos. Para uma compreensão sobre a atuação de psicólogos escolares, ao mesmo tempo em que se percorreu teoricamente significados para a ação e atuação humana nesse cenário profissional, foi realizada uma pesquisa com oito psicólogos dessa especialização no Estado de São Paulo. É feita uma análise qualitativa das narrativas dos participantes, compreendendo-se, complexamente, os entrelaçamentos de suas subjetividades. A autora transformou suas próprias inquietações profissionais em tese de doutorado, que deu origem à presente obra. Fica aqui um convite de leitura a ser compartilhada.