Na casa está posto em cena o funcionamento familiar. É onde acontece a vida interior, que se desdobra fiel ao nosso ser. É nesse sentido que estudamos os abrigos e aposentos. Ela pode crescer, estendendo-se quando os integrantes possuem maior elasticidade de devaneio. Suas paredes podem condensar-se ou expandir-se conforme o seu desejo. O inconsciente permanece nos locais. Ela não é uma caixa inerte, é viva. O espaço habitado transcende o espaço geométrico. No espaço da casa há um misto de imaginação e memória. Por isso, podemos ler uma casa. Entender o seu significado simbólico, relacional e afetivo é o propósito deste livro, no entrelaçamento entre psicanálise, filosofia e literatura.