Em 'Cinco lugares da fúria', o poeta Pádua Fernandes apresenta as etapas de um périplo anticidadania. De um mundo traficante de exílios, passando pelo cadáver insepulto de imigrantes clandestinos mortos no deserto, por zonas de classe média onde pedintes são assassinados, entre outros lugares, chega-se ao aborto do espaço público. Por tais regiões inóspitas, que convergem para a distopia, o poeta transita.