"Mamãe, gente existe?" À pergunta da personagem Pluft, o Fantasminha, sua mãe fica suspensa tempo suficiente para que o espectador vá desencavando o riso, que só aflora plenamente quando chega a resposta: "Claro, Pluft. Claro que gente existe..." Transformado em Pluft, The Little Ghost, em Plouft, Le Petit Fantôme, a peça infantil mais encenada do teatro brasileiro e que deu fama a Maria Clara Machado adotou, com economia de meios, uma nova perspectiva em relação à criança, que é estudada em detalhe por Cláudia de Arruda Campos neste livro. O sucesso da peça confunde-se com a história do grupo Tablado, que formou gerações de atores brasileiros, desde os anos 50. Acompanhando a trajetória de Maria Clara, a autora procura contextualizar a prática do teatro infantil no universo teatral brasileiro.