“Da vida tantas vezes tumultuada e fascinante de Guilherme de Almeida, fez parte um ano de exílio em Portugal, pela sua defesa da causa constitucionalista, que o levou a se alistar como soldado raso na Revolução de 1932, contra a presidência de Getúlio Vargas. Foi preso no dia 10 de outubro e enviado para a Casa de Detenção do Rio de Janeiro, saindo daí para Recife e seguindo, posteriormente, por via marítima, para a Europa, com dezenas de outros paulistas que também tinham apoiado aquele movimento. No exílio, em Portugal, Guilherme produziu para alguns jornais brasileiros as crônicas que, em 1933, foram publicadas pela Companhia Editora Nacional sob o título de O meu Portugal. Para o público que se habituara a lê-lo nas colunas dos jornais paulistanos, era como se Guilherme apenas houvesse trocado São Paulo pelos espaços portugueses, pois seu estilo de “flâneur” elegante e saudoso se manteve praticamente inalterado.” Excertos do “Estudo Introdutório”, neste volume