O conceito de prazer foi amplamente trabalhado ao longo da obra freudiana, recebendo um lugar basal na formação do aparelho e da dinâmica psíquica. Ao nos dedicarmos ao estudo do prazer em psicanálise, vemo-nos diante de uma temática cuja importância se inscreve tanto no tocante aos movimentos intrapsíquicos quanto ao campo relacional. A partir de impasses trazidos pelo terreno das relações objetais em psicanálise, proponho que tracemos um percurso sobre o próprio desenvolvimento dessa dinâmica, a fim de sugestionar uma modalidade de prazer que não se encontra, necessariamente, atrelada a uma economia psíquica, na qual o movimento de descarga apresentar-se-ia enquanto primordial. Ao invés disso, iniciarei nossas discussões nos direcionando ao estudo de uma forma de prazer que também pode ser experienciada nos estados de tranquilidade. Começaremos nossa jornada percorrendo a construção da ideia de prazer por S. Freud, em momentos-chave de sua obra. Isso nos permitirá, por um [...]