Este livro apresenta uma discussão em torno de museus da indumentária e da moda nacionais e internacionais, curadorias e políticas de acervos em museus físicos e digitais, tanto os ligados às artes quanto ao cotidiano, no trato de documentação e reflexão sobre artefatos, sejam estes fotografias, roupas ou outras obras do trabalho humano. Nesse entrelaçamento de direções, sentidos e sentimentos, a memória se recoloca nas histórias contadas pelas pessoas e pelos objetos, intensificando, dentro e fora do museu, o debate em torno do patrimônio, mas afirmando que quando este entra no museu toma um lugar privilegiado por uma sociedade que olha para o institucionalizado com certa admiração, assim como, ao propor outra direção do olhar e do sentir, cria estranhamentos deliberados, função essencial da arte e dos museus, a nosso ver, e por que não? Sendo assim, recoloca-se, neste livro, o lugar da memória e o sentido político desta afirmação.