Jurema parte tanto de algumas questões levantadas na experiência clínica como na releitura de alguns textos de Freud, e além disso, analisa alguns poemas de três escritoras brasileiras: Cecília Meireles, Adélia Prado e Ana Cristina César. As poesias evocam personagens. O leitor vai entrar em contato com ela. Ela é uma subjetividade em devir-feminino que vai se delineando e mostrando alguns percursos dos seus processos de singularização. Se escutarmos ela como essência, nada compreenderemos. Ela não é essência, nem "eu". É um convite para aquilo que se apresenta a nós. Sensível aos movimentos do desejo, a autora mostra os diferentes modos de enunciação das três autoras bem como as diferenças entre os processos de singularização, tecendo uma escrita que explicita as tensões e os conflitos entre estes processos e os mitos de identidade feminina que vão sendo construídos.