A liberdade a dois apresenta-se como um conceito que emerge das contradições de uma cultura que valoriza as potencialidades pessoais e a autonomia, mas que ainda assim deseja a união e o casamento. Satisfação e desejo pessoal deixam de ser a sombra obscura da relação e passam a assumir um papel de importância nos relacionamentos. Entretanto a busca pela realização não é sinônimo de individualismo, ao invés, pode ser a porta de entrada para um diálogo mais democrático para o casal e a família. Se por um lado a cultura contemporânea é tida como um período confuso, de liquidez e de fragilidade, por outro vem tentando desenvolver novos sentidos e uma forma de ser e de estar com o outro de maneira mais sincera. É o período das múltiplas vozes! O contexto atual não inventou a diversidade, mas está tendo a coragem de revelá-la. Enquanto dialoga com movimentos históricos do patriarcado e do conservadorismo, os casais tentam construir de maneira genuína sua história a dois. [...]