Considerado um dos livros mais icônicos da década de 1960 e marco da geração New Wave, A Mão Esquerda da Escuridão, de Ursula K. Le Guin, conquistou os principais prêmios da ficção científica, o Hugo e o Nebula. No romance fantástico, a autora foi capaz de trazer à tona temas importantes a época de seu lançamento, mas, que se mantiveram contemporâneos como: a polarização política, conflitos religiosos e a inevitável discussão sobre a igualdade entre os sexos. O romance apresenta a trajetória de Genly Ai, um emissário enviado de uma terra distante, com a missão de convencer os líderes desse planeta a se unirem a uma grande comunidade universal. Mas há muitas diferenças culturais entre o enviado e a população de Inverno, como o planeta foi apelidado. São outros costumes, outras lendas e percepções as quais ele deve se adaptar. Além destas questões culturais, o emissário se vê em uma terra única, na qual ninguém possui gênero definido a não ser na hora do acasalamento. Lá, qualquer um pode ter filhos, ser pai ou mãe, exercer as mesmas tarefas e a própria relevância disso é pequena, o que torna os costumes locais ainda mais complexos, colocando em xeque as crenças do enviado inúmeras vezes. A obra é um dos mais famosos romances que lidam com as questões de gêneros e os efeitos do sexo e sobre a cultura e a sociedade.