Intérpretes do Desassossego reúne memórias de artistas brasileiros com ascendência judaica. Apoiado na ideia de subjetividade de Gilles Deleuze e Félix Guattari e na concepção de memória de Walter Benjamin, ele se estrutura a partir do conhecimento advindo das narrativas de vida desses artistas, privilegiando a primeira geração nascida no Brasil. Família e judaísmo são tomados como ponto de partida de um processo de produção subjetiva no qual as inscrições judaicas não são absolutas e travam diálogo com outros conteúdos e expressões culturais. Em uma escrita envolvente, o livro de Daisy Perelmutter alinha o trabalho e a memória desses artistas como processos marcados por um questionamento constante sobre as bases que fabricam as certezas e incertezas do presente.