Os estudos sobre leitura e escrita no contexto acadêmico intensificam-se, no Brasil, sob a égide da expansão do ensino superior, por meio de inúmeros programas de democratização e acesso ao ensino, tais como, Fies, ProUni, Reuni e Pibid, e devido às tensões apresentadas por grande parte dos graduandos em lidar com as práticas escriturais e leitoras do domínio acadêmico. As distintas convenções de escrita acrescidas às deficiências oriundas da Educação Básica, no que tange à leitura e à escrita, acarretam inúmeros conflitos a grande parte dos discentes que ingressam na academia, os quais, por conta disso, sentem-se excluídos da esfera acadêmica e, às vezes, chegam a abandonar o curso. Considerando o referido panorama, neste estudo, busco: a) refletir acerca dos pressupostos do Letramento Acadêmico; b) analisar as ações que promovem, de fato, o Letramento Acadêmico, desenvolvidas pela instituição analisada; c) verificar os modelos de escrita e as concepções de letramentos privilegiadas nas práticas pedagógicas de duas professoras; c) identificar os principais desafios encontrados pelos graduandos, no que tange aos usos da linguagem na esfera acadêmica; d) analisar até que ponto um encaminhamento pedagógico que abarque os pressupostos do modelo de letramentos acadêmicos proposto pelos estudiosos da área interfere na aprendizagem de novas práticas letradas.