.. um fio de arame pegou meu pescoço, outro a barriga e outro as coxas. Enquanto capotava pelo mato me enroscando nos arames ouvi meu amigo gritar “cuidado com o arame farpado! ” A adrenalina me fez levantar rapidamente, fiquei meio zonzo, mas queria viver e não dava tempo para raciocinar, pois meu algoz se lançava ferozmente sobre mim. Eu agarrei os arames como pude, me desvencilhei e lancei-os na direção dele. Rolei para o lado. O homem, se enroscando no arame que eu joguei para o alto, caiu no local onde eu estava. Levantei e continuei meu caminho. Ele gritava de dor, tinha se cortado no arame, jurou que um dia me encontraria e mataria. ” “... cheguei em casa cansado de lutar com o vento e encharcado. A energia elétrica tinha acabado. Estava tudo escuro. Minha mãe abriu a porta assustada por me ver daquele jeito. Ao entrar notei uma vela acesa no meio da sala que me deixou muito assustado. Era minha vela de Crisma. “O que é isso, mãe? ” Perguntei apontando para a mesinha de centro.