Em campo aberto aborda os altos e baixos das relações humanas de uma forma bastante original. Claudio Lovato Filho utiliza o futebol como pano de fundo de seu novo romance que narra o intenso relacionamento entre pai e filho. Todos os sentimentos que emergem durante uma partida de futebol são explorados pelo autor nesta história de superação. Arthur Dapieve lembra de uma passagem que capta bem a essência do livro: “Luis Fernando Verissimo certa vez escreveu que gostava tanto de futebol porque, já tendo 60 anos, o jogo era a única coisa que conseguia fazê-lo sentir-se ainda com 6”. Em campo aberto, de Cláudio Lovato Filho, explora o imaginário em torno do esporte mais querido dos brasileiros. O escritor gaúcho apresenta um romance em que aborda as relações humanas e utiliza como pano de fundo uma partida de futebol. Ao unir estes dois temas, ele mostra como o esporte consegue unir as pessoas e desfazer os nós que a vida cria. Através da relação entre pai e filho, o narrador costura o drama pessoal de cada um. O filho, que nem sequer tem nome, uma identidade, representa todos os meninos que carregam sonhos e dramas familiares e veem no futebol a esperança da transformação, porque se projetam em seus ídolos. Através do futebol, essas relações vão se transformando, mesmo que em silêncio. Como no futebol, as relações humanas têm altos e baixos. A catarse do gol é promessa de felicidade. “(...) esse menino e esse pai se transformam em pedaços da biografia de todos nós, brasileiros. São eles/nós que experimentam a excitação proporcionada não só pela partida decisiva como pela relação nem sempre redondinha entre as gerações”, escreve o jornalista Arthur Dapieve, responsável pela quarta capa do livro. Futebol é assunto pra lá de sério no Brasil. É um dos únicos esportes que une gerações em torno de um propósito e é uma fonte inesgotável de autênticas emoções. Dapieve lembra de uma passagem que capta bem o efeito do futebol nas pessoas: “Luis Fernando Verissimo certa vez escreveu que gostava tanto de futebol porque, já tendo 60 anos, o jogo era a única coisa que conseguia fazê-lo sentir-se ainda com 6”. Claudio Lovato explora este envolvimento que o futebol proporciona neste novo livro.