Geraldo Thomas Sievers (Rio de Janeiro, 1 de Julho 1954), mais conhecido como Gerald Thomas, é um diretor de teatro brasileiro com carreira internacional. Seus trabalhos se dividem entre o Brasil, a Inglaterra, a Alemanha e os Estados Unidos. Formado em filosofia, aprofunda a sua vida teatral no La MaMa de Nova Iorque, adaptando e dirigindo peças dramáticas e a prosa de Samuel Beckett. Trabalhou com Julian Beck e o Living Theatre, inicialmente em Paris, adaptando novas ficções do autor, entre elas, All Strange Away e That Time com o próprio Julian Beck como ator, em sua única atuação como ator fora do Living. Com polêmicas adaptações em palcos brasileiros, dirigiu atores importantes como Fernanda Montenegro, Antonio Fagundes, Rubens Corrêa, Sérgio Britto, Tônia Carrero, Marco Nanini e Ítalo Rossi. A "Enciclopédia Itaú Cultural" descreve o início da carreira de Gerald Thomas (...) em Londres. No La MaMa, espaço dedicado a encenações experimentais de todo o mundo produz três espetáculos consecutivos, com textos de Samuel Beckett. Desde o seu primeiro projeto, objetiva uma encenação na qual a identificação emocional fosse suprimida, dedicando-se "a mostrar o pensamento como processo, e o processo como tempo e espaço da cena". Encenador polêmico, criador de uma estética que elabora de forma particular os recursos teatrais. Gerald Thomas renova e questiona a cena brasileira nas décadas de 1980 e 1990. Suas peças já foram apresentadas em vários países, em teatros como o Lincoln Center em Nova Iorque, o Teatro Estatal de Munique, o Wiener Festwochen de Viena e eventos como o Festival de Taormina. Nos 15 países em que já se apresentou, suas produções foram, muitas vezes , transmitidas em redes nacionais de TV. Nos anos 1980, Thomas trabalhou com o autor alemão Heiner Müller, encenando suas obras nos Estados Unidos e no Brasil. Também nessa época começa uma feliz parceria com o compositor americano Philip Glass.