A segunda década do governo militar que subiu ao poder em 1964 foi marcada por uma onda de movimentos que, na base da sociedade civil, esboçou o perfil da resistência democrática que culminaria na abertura política dos anos 80. No bojo dessa onda, caracterizou-se uma tendência, formada pelos grupos de teatro que, deslocando-se dos centros produtores, implantaram-se nos bairros periféricos, buscando aliar um esforço de militância, semiclandestina, com a tentativa de encontrar para seus espetáculos uma linguagem popular, acessível a essas populações marginalizadas.