Reunião em livro de alguns artigos que Baudrillard escreveu para jornal visando a detectar certos aspectos do 11 de setembro de 2001 em Nova York, é o contraponto de seu cérebro para o prosaísmo político que cerca as reflexões sobre o assunto. O filósofo Baudrillard não teme os tempos da não-filosofia. Ele enfrenta a opacidade do mundo com a riqueza de seu pensamento. Fiel a seus mergulhos nos estudos da realidade e de sua simulação, o analista é notavelmente arguto ao ver como se processa a transformação do acontecimento em signo. Seja como for, as torres desapareceram. Mas nos deixaram o símbolo desse desaparecimento. O fim no espaço material as fez entrar num espaço imaginário definitivo. Pela graça do terrorismo, tornaram-se o mais b elo edifício mundial o que com certeza não eram quando existiam. Power inferno é devastador, embora busque sempre uma certa superfície polida do pensamento, sem as curvas da complexidade de um Edgar Morin. Baudrillard é um dançarino de palavras e [...]