Há mais de 40 anos, ele desvenda segredos daqueles que já se foram, muitos de forma misteriosa e violenta. Não há nada de místico em seu trabalho. Devoto da ciência, o dr. Vincent Di Maio é um dos mais renomados médicos forenses dos EUA, e ele resolveu dividir tudo o que aprendeu com os mortos em seu livro O Segredo dos Corpos. CSI, Dexter, O Silêncio dos Inocentes, True Detective. A medicina forense tem sido uma fonte constante de inspiração para grandes narrativas policiais. Uma tradição que remota às primeiras histórias de Sherlock Holmes no século xXIX. Mas será que a arte imita mesmo a vida — ou, nesse caso, a morte? O que realmente acontece numa autópsia? Você não precisa mais morrer de curiosidade. Ler O Segredo dos Corpos é como estar dentro do necrotério, participando de uma verdadeira aula sobre patologia criminal. Sem o inconveniente cheiro do formol. O Segredo dos Corpos disseca casos surpreendentes que ajudaram a construir a reputação do legista. Como a exumação de Lee Harvey Oswald, suposto assassino do presidente Kennedy. Ou a investigação pela morte do adolescente Trayvon Martin, em 2012, na Flórida, crime que acabaria impulsionando o movimento Black Lives Matter, de denúncia contra o racismo na sociedade norte-americana. O livro apresenta ainda casos reais de serial killers que ainda aterrorizam o imaginário popular. E num capítulo especial, o autor questiona o alegado suicídio de Vincent van Gogh. Atendendo a um pedido de Steven Naifeh e Gregory White Smith, coautores de Van Gogh: A Vida, biografia do pintor ganhadora do prêmio Pulitzer, Di Maio analisou o caso e acredita que a marca da ferida revelara que o tiro não poderia ser auto-infligido.