Estes poemas do aragonês Fernando Gil Villa, alguns com temática semelhante (a cidade de Brasília) apontam para uma forma que se destaca, quase como um decalque, de outra forma: a cidade aberta, com seus monumentos para uso diário, e o olhar, que compõe uma outra cidade. Estas duas formas se perdem em um horizonte ao mesmo tempo real e imaginário. Brasília é luz para o poeta, é a mudança não ocorrida das "estruturas sociais". É, enfim, o paradoxo de uma estrutura que se pretendia livre como obra criativa, mas que se tornou um modelo convencional pela própria necessidade das aglutinações humanas.