Este é o terceiro volume de poemas do autor. Obra madura e planejada, uma coisa logo se nota, já nos primeiros versos de sua primeira seção: que ele dá segmento ao projeto esboçado em Do Objeto Útil (1992) e consolidado em Figuras na Sala (1996), livros que assinalaram sua presença e firmaram sua reputação no panorama da nova poesia paulista e brasileira, ultimamente cercada de circunspecto silêncio, mas nem por isso muda ou ausente. Estamos, assim, diante de um poeta que, pouco inclinado a produzir coletâneas, parece antes propenso a cumprir um programa e a escrever um livro único, ou seja, obra una.