Após o ocaso do marxismo ocidental, a filosofia da história foi aos poucos relegada a segundo plano. Essa é uma visão não compartilhada por Blackburn, que aqui procura recolocá-la na ordem do dia. Sua estratégia passa pela naturalização da história, pois, longe de considerar a natureza como simples pano de fundo para os atores humanos, Blackburn a reposiciona como força ativa que cria e consome a espécie humana. A natureza aparece, então, como a própria razão, graças à qual os homens se renovam e se destroem uns aos outros.