Duzinda" é um romance de ficção. Acontece nas décadas de 30 e 40, num bairro classe média da cidade de São Paulo. O esqueleto do drama se passou realmente, mas o "recheio" é imaginário. Para criar, a autora baseou-se em casos que escutou durante sua vida. Poderia se passar em qualquer estado do Brasil, quiçá do mundo. Aliás estão acontecendo hoje fatos semelhantes, tanto em bairros de luxo como na periferia pobre. Trata-se de uma história que aborda os "pequenos" maus-tratos e abusos que sofre a mulher comum, no seu cotidiano. Isso vai lhe tirando a dignidade. A intenção é que a mulher, ao ler este livro, perceba, de maneira sutil, como também a sua vida pode estar sendo atingida. Muitas talvez não consigam fazer nada, porém, como dizem os psicólogos, ter consciência do problema, já é um passo muito importante. Há também uma personagem, a Iolanda, que é uma mulher forte e lutadora. Na comparação das duas é que a autora tenta passar a mensagem positiva. Foi escolhida a saga dessa jovem, a Duzinda, pois apesar da mesma ter vivido a tanto tempo atrás, as pessoas que conviveram com ela, ainda se lembram muito de tudo. Dela e da Iolanda, a outra personagem. Também porque, a todas as mulheres que ela passa esta história - sobre os aludidos abusos e maus-tratos - se comovem muito. Mesmo aquelas que aparentemente nada têm a ver, desde a mais intelectualizada até aquela de poucas letras. Dizem se lembrar de uma parente, de uma vizinha...