Tornou-se lugar comum nos últimos 30 anos anunciar o fim do socialismo, a morte de Marx e, mais recentemente, o fim da história. Isto se dá paradoxalmente numa época em que os indivíduos relegam a elaboração de suas experiências mediante formas mais complexas e em que os acontecimentos têm a envergadura vertiginosa da bancarrota de países, de atentados como o de 11 de setembro de 2001 e da guerra do Iraque.Depois do fim do mundo é uma tentativa de desafinar o coro do assim é, invertendo suas premissas, formulando as bases de um conceito que, ao menos em parte, explique estes acontecimentos, dando-lhes aquela capacidade, que a cultura pós-moderna liquidou sem cerimônia, de organizar minimamente estas manifestações por meio de um fio condutor. O autor defende a idéia de que o conceito de barbárie é central para compreendermos a cultura e a sociedade atuais.Este é um convite àqueles que apreciam chamar as coisas pelo nome e preferem pensar que o socialismo, Marx e a crítica radical ao capitalismo não são apenas passado