Com os pés no chão ou a cabeça nas nuvens, caminhamos pela vida sujeitos às mais variadas experiências, a mudanças e transformações de toda ordem. Muitas vezes, mal temos tempo de perceber aquilo que nos rodeia, em meio aos atropelos cotidianos às vezes não temos tempo nem para nós mesmos, e menos ainda para os outros.Se a gente for estudar a vida demais / A gente não a vive, observa a poeta, enquanto compartilha conosco seus sonhos, ideias e afinidades eletivas, seus afetos e seus medos, como num convite a entrar um pouco junto com ela no mundo da arte, da escrita, da palavra, com o olhar generoso de se abrir para cada experiência, mesmo a mais singela, e de se abrir para o outro, de buscar a harmonia nesses encontros. Existem questões que a palavra parece / que não alcança e será que não é justamente para isso que serve a poesia, para ir além do alcance da palavra? [...]