O ciúme pode ser descrito como uma sucessão de eventos psicológicos que se desencadeia a partir do momento em que começamos a duvidar daquele que amamos. A violência relacionada a esse sentimento é um problema de proporções epidêmicas. Pesquisas realizadas em todo o mundo confirmam que o ciúme sexual masculino é o maior motivo de assassinatos ? provavelmente a causa fundamental de 50% dos homicídios registrados ? e também o feminino é com freqüência a razão pela qual as mulheres matam os homens. No entanto, em muitos casos, elas cometem assassinatos a fim de se proteger de maridos ou namorados que se tornaram ciumentos e violentos. Mas, será possível que o ciúme obsessivo esteja sempre em estado latente sob nossos relacionamentos amorosos? Será ele um componente paralelo do amor que espera para despertar? Em A SÍNDROME DE OTELO, o terapeuta Kenneth C. Ruge e a jornalista Barry Lenson explicam o que é a síndrome de Otelo ? a síndrome do ciúme desmedido e irracional, assim chamada por conta do personagem de William Shakespeare ?, quando e como ela começa, como evolui e que males pode causar ao relacionamento. "Ninguém está imune a esse sentimento, dos mais sensatos aos passionais, todos um dia experimentaram uma pontinha de ciúme. É na sutileza do ciúme tolo e infundado que nasce a síndrome de Otelo: a apropriação sem proporções, as suspeitas que se instalam discretamente em uma relação e, fora de controle, ganham dimensões devastadoras." Porém, completam: "O sentimento de proteção e o ciúme, quando compreendidos e respeitados, podem fortalecer e aprofundar os relacionamentos amorosos. Mantido sob controle, o ciúme oferece um profundo elogio ao parceiro."