A teoria econômica dominante não foi capaz de prever o grande distúrbio internacional iniciado em 2008, foi falha ao medir sua magnitude, ingênua em compreender seu impacto e apressada ao tentar prescrições ortodoxas. Nessa situaçãoretorna ao cenário a contestação heterodoxa originada nos ensinamentos de Marx, Rosa Luxemburgo, Kalecki, Keynes, Joan Robinson, Kaldor, Minsky e outros economistas. Essa linha alternativa do pensamento é crucial por revelar falhas intelectuais do modelo que permitiu o surgimento da crise recente. A visão heterodoxa é também importante por narrar contradições internas da economia capitalista, assim como sugerir medidas que, dentro de certos limites, podem contornar graves problemas de crescimento, distribuição e instabilidade do sistema econômico. Tomando como foco manifestações do capital fictício, este livro busca também verificar como o Brasil se posicionou diante da crise. A leitura dos seis capítulos é uma experiência estimulante tanto para economistas, estudantes e policymakers. As ideiasexpostas contém analises relevantes para a reflexão crítica, o repensar de problemas fundamentais tanto da teoria como da política econômica e assim, promover liderança no pensamento que conduz a ação.