Neste seu livro de estreia, Mariana Portela explora os recursos potenciais de linguagens e mistura realismo e fantasia ao tratar de experiências do cotidiano, pequenas epifanias e confissões. Poesia, filosofia, música, psicologia junguiana, sentimentos pessoais e diálogos possíveis com autores caros a ela (os portugueses Pessoa e Camões; as mulheres Clarice Lispector e Cecília Meireles; os poetas Baudelaire e Rimbaud, por exemplo) perfazem esse livro de crônicas. Sobre Viver é fictício, o editor Filipe Moreau comenta: O título nos leva à tentação de recorrer a uma explicação linguística para realçar o descompasso existente entre a ilusão da linguagem e o mundo real; entre a verdadeira vida e a que pode ser descrita por palavras [...]. Talvez viver seja fictício porque as palavras não são as coisas, e a experiência do sensível não se descreva totalmente pela razão. Fato é que a autora nos convence que a vida é ficção, arremata a organizadora da obra, Silvana Guimarães.Este livro é uma navegação rumo aos confins da linguagem. Filha de mãe poeta e pai escritor, Mariana Portela professa paixão congênita pela literatura, porque "viver sem paixão é tortura", num mundo onde os seres sofrem de um "estarrecedor medo de viver". Habitante de uma Lisboa mítica, atemporal, a cronista-cronauta brasileira reverencia seus nomes (Pessoa, Camões, Baudelaire, Rimbaud, Clarice Lispector, Cecília Meireles, Vinicius, Florbela Espanca, Manoel de Barros, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos), gestando uma profusão de axiomas pregnantes ("O português é a pátria que venero"), em luta perene "contra o universo estrondoso do efêmero". Flâneur cósmica, saúda sua ancestralidade eletiva ("cresci com os mitômanos abençooados"), convicta de que "a arte é uma casa que resiste às tempestades da vida ordinária".Este livro é uma navegação rumo aos confins da linguagem. Filha de mãe poeta e pai escritor, Mariana Portela professa paixão congênita pela literatura, porque "viver sem paixão é tortura", num mundo onde os seres sofrem de um "estarrecedor medo de viver". Habitante de uma Lisboa mítica, atemporal, a cronista-cronauta brasileira reverencia seus nomes (Pessoa, Camões, Baudelaire, Rimbaud, Clarice Lispector, Cecília Meireles, Vinicius, Florbela Espanca, Manoel de Barros, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos), gestando uma profusão de axiomas pregnantes ("O português é a pátria que venero"), em luta perene "contra o universo estrondoso do efêmero". Flâneur cósmica, saúda sua ancestralidade eletiva ("cresci com os mitômanos abençooados"), convicta de que "a arte é uma casa que resiste às tempestades da vida ordinária".