Realizando uma interação do singular com o universal, do mais antigo com o mais moderno, da razão com a emoção, aproximando os espaços distantes e temporalidades distintas, o autor realiza uma espécie de ajuste de contas com o autoritarismo. Países que experimentaram uma via prussiana de passagem ao capitalismo (expressão cunhada por Lênin para estudar o caso russo) foram e são vítimas de ciclos autoritários duradouros. Matemas da psicanálise são usados para interrogar práticas, saberes e afetos pussianos (e, portanto, autoritários) que duram até hoje. Desde sua tese de doutorado (A questão social no Brasil: crítica do discurso político, Civilização Brasileira, 1982), o autor vem usando elementos da teoria psicanalítica como método de análise, em campos como a ideologia, a política e o direito.