O interesse pelo profundo, pela causa última e pela verdade de cada coisa permite ao homem, embora não sem esforço, aferrar a essência da realidade. O homem profundo tem um pensamento filosófico ou metafísico, quer dizer, capta as coisas em suas causas, e por elas as explica. O superficial é fenomenológico: se limita a descrever as coisas segundo as aparências; não sabe o que são, más o que para ele parecem ser. A superficialidade não combatida ganha paulatinamente terreno em nosso caráter e seus traços se alternam, se somam e se combinam, podendo tomar conta de todo nosso ser.